sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A minha traição a Baco

Eu queria tanto que deu errado.


Quando eu era menina estudei anos e anos com a mesma turma. Da 1a.a 8a. série, 8 anos.  No meio dela 
tinha um amigo que eu adorava, mas ele era todo desengonçado, por muitas vezes até engraçado, um garoto bem bacana;  mas, claro, que eu gostava mesmo do loiro de olhos claros. Do gato da turma, eu era apaixonada por ele. E assim, fomos namorados, amigos, parceiros, fomos tudo. Essa é poca de escola foi muito boa. Foi uma delícia.

Tempos se passaram, cada um foi prum lado e só agora, depois de vinte e poucos anos, uma parte da turma,  marcou um churrasco. Conseguimos nos rever e, por incrível que pareça, conseguimos nos identificar e por minha surpresa, logo que cheguei, bati o olho e estava lá, ele, não o lindo, mas o agora, ex-desengonçado. Fui que nem uma flecha, o abracei gostoso, forte e não podia ser melhor. Eu já gostava dele desde menina por afinidades mil, mas quando vi que aquele garoto tinha virado um homem alto, forte, bonito, simpático  - e, o melhor, dizendo que estava separado -  uma purpurina caiu  do céu em cima da cabeça dele - igual desenho da Disney - e meu olho brilhou. Batemos papo a tarde inteira, trocamos fones; enfim, reatamos o canal da antiga amizade de juventude.

Uma pulga atrás da orelha ficou em mim. E acho que nele também. 

Facebook, mensagens, indiretas, diretas. Tentamos dois encontros que viraram desencontros. Ontem, consegui vê-lo novamente... E me pergunto, hoje, numa baita crise moral,  inúmeras vezes, porque insisto em fazer algo que não posso: - beber vinho em demasia. Foram uma, duas, três garrafas!! 

Fim da noite, deu errado. Saí do compasso.  Descompassei, descoloquei. Desmedida,  me pergunto, hoje, perdi a chance de ter uma noite e tanto? Perdi uma pessoa e tanto? Ou não??

E assim, percebo, a minha desregrada cabeça me traindo, não Baco. Eu, eu mesma, perco boas chances, as que eu mais gostaria de agarrar. E saio cabisbaixa nessa véspera de 7 de setembro esperando meu grito de liberdade alvorar.

Ainda bem que minha mãe não segue meu blog.