Não tenho casa, não tenho sapatos
Não tenho dinheiro, não tenho classe
Não tenho saias, não tenho suéteres
Não tenho fé, não tenho barba
Não tenho mente
Não tenho mãe, não tenho cultura
Não tenho amigos, não tenho nenhuma escolaridade
Não tenho nome, não tenho amor
Não tenho ingresso, não tenho nenhum sinal
Não tenho Deus
O que eu tenho?
Por que estou viva?
Sim, o que eu tenho?
Ninguém pode tirar
Eu tenho o meu cabelo, tenho minha cabeça
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
Tenho minha boca, tenho meu sorriso
Tenho minha lingua, tenho meu queixo
Tenho meu pescoço, tenho meus seios
Tenho meu coração, tenho minha alma
Não tenho saias, não tenho suéteres
Não tenho fé, não tenho barba
Não tenho mente
Não tenho mãe, não tenho cultura
Não tenho amigos, não tenho nenhuma escolaridade
Não tenho nome, não tenho amor
Não tenho ingresso, não tenho nenhum sinal
Não tenho Deus
O que eu tenho?
Por que estou viva?
Sim, o que eu tenho?
Ninguém pode tirar
Eu tenho o meu cabelo, tenho minha cabeça
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
Tenho minha boca, tenho meu sorriso
Tenho minha lingua, tenho meu queixo
Tenho meu pescoço, tenho meus seios
Tenho meu coração, tenho minha alma
Quando ouvi essa música, hoje, olhei para tudo: para trás, para frente e me passou um turbilhão de coisas pela cabeça... O que realmente eu tenho a não ser a mim mesma?