segunda-feira, 26 de abril de 2010

O primeiro dia

Eu tinha pensado em 168 postagens para 168 dias, mas uma postagem por dia será necessária pra eu dizer tudo que sinto? Será?

O primeiro dia dá aquela coceira nas pontas dos dedos, no cérebro, nos pensamentos e você perde um pouco o controle. Você quer escrever sem parar, contar detalhes, contar tudo... Por tudo que passei? Deixa eu ver... Quantas pessoas passaram pela minha vida? Quantas se foram? Quantas ficaram? Quantas valeram a pena?

Muita coisa valeu a pena... Para me tornar o que sou precisei passar por muitos altos e baixos. Fatos, casos e pessoas. Pessoas, as mais diferentes... Mas o que mais valeu a pena foram as crianças: João, de 16 e Sofia, de 04 anos. Os pais são duas ocasiões diferentes da minha vida e valeram a pena pois me deram, cada um, uma figura única. Cada filho com suas diferenças, perfis diferentes, mas os dois, exóticos.

Para contar tudo não vai dar, mas farei o possível para escrever o melhor e o pior de mim. Para que aos 60 eu possa ver o relato dessa passagem antagônica, bilateral: terrível, hormonal e quase, quase maravilhosa.

Nascimento...


Achei que seria de bom tom começar o blog pelo nascimento, pelo meu nascimento. Assim, o blog também nascia. Eu nasci em Jundiaí, interior de São Paulo, no dia 10 de outubro de 1970. Minha mãe ficou doente quando nasci, eu fiquei 1 mês com uma tia minha, Bete, cuidando de mim. Meus dois irmãos e meu pai felizes: - Chegou uma menina!
Rapidamente, minha mãe ficou boa e voltou para casa.

Fui criada no meio de pincéis, tintas, verniz, telas, caixas de madeira, goma laca, betume, minha mãe redecorava a sala de jantar de casa todos os dias e transformava numa escola de pintura. O tempo foi passando, eu fui crescendo e a arte tomou conta da minha vida. A arte de promover a arte, não de fazer arte. Mas agora aos 39, tudo mudou, resolvi fazer tudo o que tinha vontade, resolvi me permitir fazer tudo o que eu ainda não tinha feito.
Esse blog nasceu dessa vontade. De terremotos de alguém que chega no meio da vida, olha pra ela e quer mais, muito mais!